"Tenta te orientar pelo calendário das flores, esquece por um momento os números, a semana, o dia do teu nascimento. Se conseguires ser leve, aproveite, enche tuas malas de sonho e toma carona no vento."

Fernando Campanella

sábado, outubro 9

Marina,... você se pintou?

"Marina, morena Marina, você se pintou" - diz a canção de Caymmi. Mas é provável, Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o "grito da Terra e o grito dos pobres", como diz Leonardo.

Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias?

Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela grandeza de sua figura. Mas pelo fato de que as verdadeiras causas que afetam a população do Brasil não interessam aos financiadores de campanha, às elites e aos seus meios de comunicação. A batalha não era para ser sua. Era de Dilma contra Serra. Do governo Lula contra o governo do PSDB/DEM. Assim decidiram as "famiglias" que controlam a informação no país. E elas não só decidiram quem iria duelar, mas também quiseram definir o vencedor. O Estadão dixit: Serra deve ser eleito.
Mas a estratégia de reconduzir ao poder a velha aliança PSDB/DEM estava fazendo água. O povo insistia em confirmar não a sua preferência por Dilma, mas seu apreço pelo Lula. O que, é claro, se revertia em intenção de voto em sua candidata. Mas "os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz". Sacaram da manga um ás escondido. Usar a Marina como trampolim para levar o tucano para o segundo turno e ganhar tempo para a guerra suja.

 
Marina, você, cujo coração é vermelho e verde, foi pintada de azul. "Azul tucano". Deram-lhe o espaço que sua causa nunca teve, que sua luta junto aos seringueiros e contra as elites rurais jamais alcançaria nos grandes meios de comunicação. A Globo nunca esteve ao seu lado. A Veja, a FSP, o Estadão jamais se preocuparam com a ecologia profunda. Eles sempre foram, e ainda são, seus e nossos inimigos viscerais.



Mas a estratégia deu certo. Serra foi para o segundo turno, e a mídia não cansa de propagar a "vitória da Marina". Não aceite esse presente de grego. Hão de descartá-la assim que você falar qual é exatamente a sua luta e contra quem ela se dirige.

 
"Marina, você faça tudo, mas faça o favor": não deixe que a pintem de azul tucano. Sua história não permite isso. E não deixe que seus eleitores se iludam acreditando que você está mais perto de Serra do que de Dilma. Que não pensem que sua luta pode torná-la neutra ou que pensem que para você "tanto faz". Que os percalços e dificuldades que você teve no Governo Lula não a façam esquecer os 8 anos de FHC e os 500 anos de domínio absoluto da Casagrande no país cuja maioria vive na senzala. Não deixe que pintem "esse rosto que o povo gosta, que gosta e é só dele".



Dilma, admitamos, não é a candidata de nossos sonhos. Mas, Serra o é de nossos mais terríveis pesadelos. Ajude-nos a enfrentá-lo. Você não precisa dos paparicos da elite brasileira e de seus meios de comunicação. "Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu".

* Professor de filosofia da UFES, autor de Iara e a Arca da Filosofia (Mercuryo Jovem), dentre outros.
 
Maurício Abdalla

Adital

segunda-feira, setembro 27

A inspiração desta pintura foi baseada no sentimento de Frida Kahlo:
´Pés, para que servem? se tenho asas para voar!!´
" Cabeça para que serve, se tenho coração para sentir"
                                                                    By Val 2010

domingo, setembro 19

Me dita São coração...

Me Dita, São Coração, as letras do teu saber, que os dedos da minha mão, já não suportam só escrever, os modos do verbo ESTAR, as modas do verbo TER, e aos medos do verbo SER, São Coração, me ajudai a vencer"


                                                                                            Válter Pini
 
Uma ótima tarde de domingo!
Com carinho, Val

sexta-feira, setembro 3

Teatro do Oprimido- Boal



“... o teatro pode ser uma arma de libertação, de transformação social e educativa”. Boal (1980)

 
Augusto Pinto Boal nasceu em 16 de março de 1931. Suas técnicas e práticas difundiram-se pelo mundo, notadamente nas três últimas décadas do século 20. As lições de Boal foram largamente empregadas não só por aqueles que entendem o teatro como instrumento de emancipação política — mas também nas áreas de educação, saúde mental e no sistema prisional. Suas teorias sobre o teatro são estudadas nas principais escolas de teatro do mundo.

“Boal nos representa no Brasil e fora dele. Há livros traduzidos em francês, holandês, mais de 20 línguas”, comenta Aderbal Freire-Filho. “O Teatro do Oprimido é estudado em muitos países. Se ele falecesse na França, a repercussão ia ser enorme.” Em 2008, foi indicado ao prêmio Nobel da Paz devido ao reconhecimento a seu trabalho com o Teatro do Oprimido.

Uma das canções de Chico Buarque é uma carta em forma de música que ele fez em homenagem a Boal, que vivia no exílio, quando o Brasil ainda vivia sob a ditadura militar. A canção Meu Caro Amigo, dirigida a ele, na época exilado em Lisboa, foi lançada originalmente no disco Meus Caros Amigos (1976).

Boal dizia que sua experiência artística “é o teatro no sentido mais arcaico do termo. Todos os seres humanos são atores — porque atuam — e espectadores — porque observam. Somos todos ‘espect-atores’ “. Criada no final da década de 60, sua técnica utiliza a estética teatral para discutir questões políticas e sociais.
 
Fonte: Internet

domingo, agosto 29

Quase formanda...

Malu e eu em nossa primeira reunião para futuras formandas!!! FeliZes!

Minha vida acadêmica é quase uma epopéia... são dez anos de luta, perseverança e todos os adjetivos dados a uma pessoa batalhadora, guerreira,... que apesar de todos os obstáculos surgidos no decorrer desses anos todos, nunca exitou em desistir.
Valeu a pena... mais esse semestre e lá estarei eu e outras grandes companheiras de jornada pelo mesmo ideal,  recebendo o grande "prêmio".
Ansiedade total...
Bj

quarta-feira, julho 28

Libélula

Gostei muito desse texto xamânico encontrado no site:
http://bambuessencial.wordpress.com/ que fala sobre  libélula e seu significado. Além de textos significativos esse site tem ideias sustentáveis. Muito bom!

“A energia da Libélula relaciona-se com os sonhos e as ilusões que aceitamos como sendo realidade concreta”.

Libélula foi um dia um Dragão com escamas coloridas similares àquelas encontradas nas suas asas. O Dragão era muito sábio e voava pela noite escura, espargindo luz com seu hálito de fogo. Foi seu hálito que trouxe ao nosso mundo a arte da magia e a ilusão de mudar de forma. Todavia, chegou o dia em que o Dragão sucumbiu à própria ilusão ao deixar-se enganar pelo ardiloso Coiote, que o convenceu a mudar de forma para provar que possuía de fato poderes mágicos. O Dragão aceitou o desafio adquirindo a forma que tem hoje, de Libélula, mas, ao aceitar este desafio movido pela vaidade, o Dragão perdeu seus poderes mágicos e não pode mais retornar à sua forma primordial.
A Libélula expressa a essência dos tempos de mudança, das mensagens de iluminação e sabedoria, e a comunicação com o mundo dos elementais– composto por uma miríade de pequenos espíritos da natureza, presentes nas plantas, na terra, no fogo, na água e no ar.

                                   Jamie Sams & David Carson. (“Cartas Xamânicas”)

E ele termina ainda com a frase:

A vida pode ser dinâmica, equilibrada e cheia de surpresas boas. Basta saber olhar e conectar-se com o que há de mais puro na vida e isto esta aí dentro de nós perdido em algum lugar dentro do nosso infinito particular...

Muito inspirador!

Com carinho, Val



quarta-feira, julho 14

Veículo de cultura



Será que a televisão é um veículo de cultura ou é mais um instrumento que induz a sociedade a não raciocinar ?
Boa reflexão!
Val

terça-feira, julho 13

Kirtan

Ontem ganhei de uma amiga que faz parte das escolas Ananda Marga (outro sonho de consumo) um CD recheado de Kirtan, estou aqui neste momento singular,  apreciando essa maravilha que gera uma sensação maravilhosa! Como dizem por ai: "Kirtan é o alimento para o espírito, uma jangada salva-vidas feita de canções."
                                     Vale a pena ouvir!

                                 BABA NA KEVALAM

Sobre o Kirtan:
É uma palavra originária do sânscrito – é o canto de mantras ou canções espirituais que normalmente toca o centro do coração, despertando sentimentos mais nobres, alterando estados de consciência.
Há um mantra universal “BABA NA KEVALAM”, de significado profundo: “TUDO É CONSCIÊNCIA, TUDO É DEUS, TUDO É AMOR”.
O Kirtan traz muitos benefícios: prepara a mente para meditação, libera a mente de pensamentos negativos, gerando uma sensação de paz interior. Alivia e esclarece as complexidades da mente intelectual, facilitando o encontro de solução para os problemas; auxilia no alinhamento da mente individual com a mente cósmica.
Existe ainda um outro valor subjetivo do Kirtan que é a ideação da bem aventurança, permitindo o florescimento dos mais doces sentimentos do coração e a irradiação dessa energia positiva para todas direções e dimensões.
Quanto mais pessoas cantam o Kirtan juntas, cria-se uma vibração espiritual muito forte, capaz de previnir aflições físicas, calamidades, acidentes, violência, etc.
Pode e deve ser entoado por qualquer pessoa, quando desejar e onde quer que seja possível.

Fonte: http://www.kasainfinitu.com.br/

domingo, julho 11

Nieves: Impertinente y coqueta




Sobre Consuelo Lago e descrição do livro:
Dotada con una inteligencia crítica sin precedentes, Consuelo Lago se ha convertido en un emblema del periodismo gráfico colombiano. Sus caricaturas—impregnadas de humor, agudeza e ingenio—reflejan el pensamiento de una artista decididamente comprometida a su tiempo. En este sentido, esta edición de su personaje Nieves se podría leer como un decálogo sobre la reciente política colombiana: la patria, los partidos, los gobiernos, el Congreso, los medios y la corrupción.


Ontem navegando em alguns blogs interessantes encontrei a Nieves no blog da Denise Arcoverde, gostei muito porque se parece com a Mafalda do Quino.

Criada pela cartunista Consuelo Lago, (me parece que há mais de quatro décadas), ainda tem grande sucesso na Colômbia. Nieves trabalha como doméstica e é uma mulher inteligente, interessante e ciente do seu entorno social o que há torna muito politizada.
Claro que esse livro eu vou comprar!! Amei a Nieves!
Um ótimo domingo e até o próximo post!!!

quinta-feira, julho 1

"Brelli" Guarda-chuva biodegradável




O "Brelli" é um charmoso, prático e ecologico guarda-chuva. Além do estilo japonês, ele usa apenas materiais que não prejudicam a natureza nem poluem o meio ambiente, inclusive na embalagem. A estrutura é feita de bambu e coberta de plástico biodegradável. Já a capa é feita em algodão orgânico. São duas versões: transparente e fumê. Esta última oferece proteção contra os raios UV. Tão bonito que dá para usar todo santo dia faça sol ou faça chuva.


Amei... uma opção de presente que me deixaria fascinada!!!

Surrupiado do site: Desenvolvimento sustentável

domingo, junho 20

A flor mais grande do mundo - Saramago

     A Flor Máis Grande do Mundo começa com narração do próprio Saramago: As histórias para crianças devem ser escritas com palavras muito simples, porque as crianças, sendo pequenas, sabem poucas palavras e não gostam de usá-las complicadas. Quem me dera saber escrever essas histórias. Mas nunca fui capaz de aprender. Se eu tivesse aquelas qualidades todas, poderia contar uma linda história que um dia eu inventei.

O expressivo protagonista da poética animação é um garoto, de uns sete anos, que mora num condomínio em construção. O lugar é inóspito e sem árvores. Numa tarde quente de verão, ao perseguir um escaravelho que lhe escapara, ele atravessa, encantado, um pequeno bosque e, perto dali, num lugar desmatado, encontra uma flor definhando ao sol abrasador. Com pena da flor, naquele solo ressecado, o menino faz várias viagens até um riacho, além do bosque, e traz água, nas mãos em concha, na esperança de salvá-la.

E Saramago encerra a história: Este era o conto que eu queria contar. Pena eu não saber escrever histórias para crianças. Mas ao menos ficaram sabendo como a história seria e poderão contá-la noutra maneira, com palavras mais simples do que as minhas. E talvez mais tarde venham a saber escrever histórias para crianças. Quem sabe se um dia eu virei a ler outra vez esta história, escrita por ti, que me lês, mas muito mais bonita.

A Flor Máis Grande do Mundo é uma animação capaz de tocar até o mais insensível às questões ecológicas. É um conto singelo que permite diversas leituras, releituras e até mesmo que seja reescrito, ao gosto do leitor (espectador), como sugeriu Saramago. Sem qualquer pieguice ele fala da responsabilidade de cada um para restabelecer o equilíbrio (roubado) da Natureza. A causa pode não ser nova, mas continua (cada vez mais) pertinente. Nesta fábula, não importa como a semente da consciência será lançada no solo da humanidade, mas como será cultivada. Além de gratificante entretenimento, assistir ao A Flor Máis Grande do Mundo é uma excelente oportunidade para se discutir em sala de aula, com alunos do fundamental ao pós-universitário, os valores de vida de cada um, diante de uma Terra em transe que eles irão herdar.


Fonte: Portal Cultura Infância.
Por Joba Tridente: Um Livre Pensador, um Contador de Histórias e um Artesão de Palavras e Imagens. Eu trabalho com a Palavra do Olhar e com o Olhar da Palavra para falar de Cinema, Literatura, Arte, Educação.




"e se a leitura dos contos infantis forem obrigatórias para adultos?
Seríamos capazes de aprender o que há tanto tempo vimos ensinando?"



Fantástico esse último pensamento...
Com carinho, Val

sábado, junho 19

Saramago


1922/2010
Grande Saramago...
O Homem que gostava de provocar a rotina, quatro mil caracteres não chegam para enumerar suas obras, prêmios, a visão política-social. Com sua partida a Literatura mundial ficou mais pobre e nós mais tristes.

Com carinho, Val

terça-feira, junho 15

Seminário Integrador dos Cursos de Pedagogia.

Ulbra 1/2010

Nosso Seminário foi singular e igualmente enriquecedor. Muita diversidade nas temáticas abordadas que demonstraram a inquietude que permeia nosso dia-a-dia enquanto educadores.


Como eu previa: Foi um sucesso!
Felizmente me sai bem na apresentação da minha temática que foi
A importância da Educação Ambiental nos Anos Iniciais


Profª Vivian
Uma daquelas professoras que deixam imediatamente marcas duradouras.
Obrigada por tudo!











Profª orientadora: Yutta Justo
Sem dúvida uma grande influência na formação de educadores e que felizmente tive o prazer de contar com a sua amabilidade, incentivo, respeito, inteligência e simplicidade, já em duas boas jornadas da minha vida acadêmica.
Obrigada por tudo!





Adriana...amiga de ontem, de hoje e de sempre!






Com carinho, Val

segunda-feira, junho 14

Força tia Hilda...

Após um final de semana com familiares queridos, todos engajados em trazer um pouco de alegria para nossa querida tia Hilda que encontra-se acamada com uma doença num estágio bem avançado, voltamos para Porto Alegre mais convictos que a vida é para ser vivida e como é importante sermos fortes e mais humanos diante das adversidades que a vida nos oferece...
Hoje é a apresentação do meu banner com a temática sobre a importância da educação ambiental nos anos iniciais, tema que venho abordando desde meu primeiro estágio, acreditando cada vez mais que podemos trabalhar o tema com as crianças desde a mais tenra idade.

Vai ser um sucesso!!
Boa sorte para todos nós!
Com carinho, Val

sábado, junho 12

Dia dos namorados

"Há sempre uma beleza nova para ser descoberta na beleza do amor."

Ser humano

Pesquei do blog do Régis.
Grande filósofo!
Abreijos
Val

sexta-feira, junho 4

Conscientização ambiental



Meio Ambiente em foco na mostra Terra em Transe. Entrada franca
Fonte: Imprensa/SindBancários

O CineBancários promove, de 1° a 13 de junho, uma reflexão sobre um dos grandes temas do mundo contemporâneo, a questão ambiental, que vem sendo abordada pelo cinema de diferentes maneiras. Na programação da mostra Terra em Transe, destaque para a trilogia Qatsi (Koyaanisqatsi, Powaqqatsi e Naqoyqatsi), O Dia Depois do Amanhã, O Hospedeiro, Fim dos Tempos e Os Pássaros. Com entrada franca, em três sessões diárias: às 15h, 17h e 19h. A mostra integra a programação do Para Onde Está Indo a Nossa Cidade?

A partir do agravamento de fatos como o desmatamento sistemático de áreas verdes, a poluição industrial e o avanço do processo de aquecimento global, uma série de filmes tem debatido a questão, tanto no registro do documentário quanto das superproduções hollywoodianas. Na programação que o CineBancários elaborou especialmente para incentivar o debate em relação ao meio ambiente em nossa cidade, estão alguns dos trabalhos mais significativos realizados pelo cinema sobre este tema tão urgente.

Sessão comentada

A abertura oficial da mostra acontece na terça, dia 1°, às 19h. Será exibido o filme Lutzenberger - For Ever Gaia. A sessão será procedida de debate com Frank Coe e Otto Guerra, diretores da obra, e Alexandre Freitas, da Fundação Gaia.


PROGRAMAÇÃO
Fonte: Imprensa/SindBancários

Mostra Terra em Transe - 1° Semana

Terça-feira (1º de junho)
15h – Uma Verdade Inconveniente
17h – À Margem do Lixo
19h– Lutzenberger – For Ever Gaia

Quarta-feira (2 de junho)
15h – Terra
17h – A Última Hora
19h – O Dia Depois do Amanhã

Quinta-feira (3 de junho)
15h – Terceiro Milênio + Amazonas, Amazonas
17h – Os Pássaros
19h – Koyaanisqatsi

Sexta-feira (4 de junho)
15h – À Margem do Lixo
17h – Migração Alada
19h – Powaqqatsi

Sábado (5 de junho)
15h – Fim dos Tempos
17h – Os Pássaros
19h – Naqoyqatsi

Domingo (6 de junho)
15h – Koyaanisqatsi
17h – Powaqqatsi
19h – Naqoyqatsi

Mostra Terra em Transe - 2° Semana

Terça-feira (8 de junho)
15h – Powaqqatsi
17h – Terra
19h – O Hospedeiro

Quarta-feira (9 de junho)
15h – Migração Alada
17h – Koyaanisqatsi
19h – À Margem do Lixo

Quinta-feira (10 de junho)
15h – Fim dos Tempos
17h – Migração Alada
19h – O Dia Depois do Amanhã

Sexta-feira (11 de junho)
15h – Terra
17h – Terceiro Milênio + Amazonas, Amazonas
19h – Os Pássaros

Sábado (12 de junho)
15h – Lutzenberger – For Ever Gaia
17h – O Hospedeiro
19h – Naqoyqatsi

Domingo (13 de junho)
15h – A Última Hora
17h – Uma Verdade Inconveniente
19h – O Hospedeiro


Bom conferir!
Bj, Val

terça-feira, abril 27

SharkBreak foi projetado para levá-lo longe de sua vida louca e ocupada, para que você possa desfrutar de um momento de relaxamento. Shark Break também ajuda a aumentar a sensibilização para a conservação da vida marinha e de preservação do oceano, através de um ambiente descontraído, criativo e divertido online.

Aproveite e relaxe!
Um bom dia!
Com carinho, Val






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domingo, abril 25

"Ler devia ser proibido"



Vídeo baseado no texto de Guiomar de Grammont, escritora e diretora do Instituto de Filosofia, Artes e Cultura da UFOP.

Frente a esse vídeo, vejo cada vez mais a necessidade de lermos mais e bom se pudessemos tb contaminar nossas crianças com esse "perigoso vício", conforme disse: minha querida amiga Marli, tb educadora.

Com carinho, Val.



sábado, abril 24

Dia da Terra---2010





22 DE ABRIL -DIA DA TERRA

Este ano marcou o quadragésimo ano da existencia do Dia da Terra!
Para registrar o grandioso momento e dar continuidade às nossas ações e conversas contra os pecadilhos ambientais, desenvolvi um trabalho com minhas crianças acerca do tema.
Foi muito bom, pois acredito que trabalhar alfabetização ecológica com as crianças, desde a mais tenra idade, desperta nelas uma conscientização muito grande em relação a sustentabilidade do planeta e a sua ecologia pessoal.

Vamos SALVAR GAIA!
Com carinho, Val

terça-feira, abril 20

Sempre ao seu Lado



Sinopse: Quando Hachiko, um filhote de cachorro da raça akita, é encontrado perdido em uma estação de trem por Parker (Richard Gere), ambos se identificam rapidamente. O filhote acaba conquistando todos na casa de Parker, mas é com ele que acaba criando um profundo laço de lealdade.

Curiosidades:
Sempre ao Seu Lado é a adaptação de um famoso conto japonês sobre um cão da raça Akita, chamado Hachiko. Este conto tornou-se símbolo da fidelidade para o povo japonês.


Um filme tocante sobre lealdade entre um cachorro e seu dono, vale a pena!!



segunda-feira, abril 19

Dia do Índio...Temos o que comemorar?


         Respeito e dignidade aos povos indígenas!

domingo, abril 18

"O Curioso Caso de Benjamin Button"


Sinopse:


Nova Orleans, 1918. Benjamin Button (Brad Pitt) nasceu de forma incomum, com a aparência e doenças de uma pessoa em torno dos oitenta anos mesmo sendo um bebê. Ao invés de envelhecer com o passar do tempo, Button rejuvenesce. Quando ainda criança ele conhece Daisy (Cate Blanchett), da mesma idade que ele, por quem se apaixona. É preciso esperar que Daisy cresça, tornando-se uma mulher, e que Benjamin rejuvenesça para que, quando tiverem idades parecidas, possam enfim se envolver.


Um bom filme, embora bem extenso!
A história bem interessante e diferente dos romances de costume, algumas cenas retratam grandes lições de vida, como o exemplo de uma  nadadora, os idosos do asilo que mesmo em condições tristes vivem com alegria. A história em si mostra que o tempo até abala, mas não destroi um amor verdadeiro!!!
Sem esquecer da grande atuação de Brad Pitt e Cate Blanchett.
Um belíssimo filme...para quem curte o gênero...

Bj e um bom início semana!
Com carinho, Val


segunda-feira, abril 12

sábado, abril 3

A Páscoa da Terra Crucificada

A páscoa é uma festa comum a judeus e a cristãos e encerra uma metáfora da atual situação da Terra, nossa devastada morada comum. Etimologicamente, páscoa significa passagem da escravidão para a liberdade e da morte para a vida. O Planeta como um todo está passando por uma severa páscoa. Estamos dentro de um processo acelerado de perda: de ar, de solos, de água, de florestas, de gelos, de oceanos, de biodiversidade e de sustentabilidade do próprio sistema-Terra. Assistimos estarrecidos aos terremotos no Haiti e no Chile, seguidos de tsunamis. Como se relaciona tudo isso com a Terra? Quando as perdas vão parar? Ou para onde nos poderão conduzir? Podemos esperar como na Páscoa que após a sexta-feira santa de paixão e morte, irrompe sempre nova vida e ressurreição?



Precisamos de uma olhar retrospectivo sobre a história da Terra para lançarmos alguma luz sobre a crise atual. Antes de mais nada, cumpre reconhecer que terremotos e devastações são recorrentes na história geológica do Planeta. Existe uma "taxa de extinção de fundo" que ocorre no processo normal da evolução. Espécies existem por milhões e milhões de anos e depois desparecem. É como um indivíduo que nasce, vive por algum tempo e morre. A extinção é o destino dos indivíduos e das espécies, também da nossa.



Mas além deste processo natural, existem as extinções em massa. A Terra, segundo geólogos, teria passado por 15 grandes extinções desta natureza. Duas foram especialmente graves. A primeira ocorrida há 245 milhões de anos por ocasião da ruptura de Pangeia, aquela continente único que se fragmentou e deu origem aos atuais continentes. O evento foi tão devastador que teria dizimado entre 75-95% das espécies de vida então existentes. Por debaixo dos continentes continuam ativas as placas tectônicas, se chocando umas com as outras, se sobrepondo ou se afastando, movimento chamado de deriva continental, responsável pelos terremotos.



A segunda ocorreu há 65 milhões de anos, causada por alterações climáticas, subida do nível do mar e aquecimento, eventos provocados por um asteróide de 9,6 km caído na América Central. Provocou incêndios infernais, maremotos, gases venenosos e longo obscurecimento do sol. Os dinossauros que por 133 milhões de anos dominavam, soberanos, sobre a Terra, desapareceram totalmente bem como 50% das espécies vivas. A Terra precisou de dez milhões de anos para se refazer totalmente. Mas permitiu uma radiação de biodiversidade como jamais antes na história. O nosso ancestral que vivia na copa das árvores, se alimentando de flores, tremendo de medo dos dinossauros, pôde descer à terra e fazer seu percurso que culminou no que somos hoje.



Cientistas (Ward, Ehrlich, Lovelock, Myers e outros) sustentam que está em curso um outra grande extinção que se iniciou há uns 2,5 milhões e anos quando extensas geleiras começaram a cobrir parte do Planeta, alterando os climas e os níveis do mar. Ela se acelerou enormemente com o surgimento de um verdadeiro meteoro rasante que é o ser humano através de sua sistemática intervenção no sistema-Terra, particularmente nos último s séculos. Peter Ward (O fim da evolução, 1977, p.268) refere que esta extinção em massa se nota claramente no Brasil que nos últimos 35 anos está extinguindo definitivamente quatro espécies por dia. E termina advertindo:"um gigantesco desastre ecológico nos aguarda".



O que nos causa crise de sentido é a existência dos terremotos que destroem tudo e dizimam milhares de pessoas como no Haiti e no Chile. E aqui humildemente temos que aceitar a Terra assim como é, ora mãe generosa, ora madrasta cruel. Ela segue mecanismos cegos de suas forças geológicas. Ela nos ignora, por isso os tsunamis e cataclismos são aterradoras. Mas ela nos passa informações. Nossa missão de seres inteligentes é descodificá-las para evitar danos ou usá-las em nosso benefício. Os animais captam tais informações e antes de um tsunami fogem para lugares altos. Talvez nós outrora, sabíamos captá-las e nos defendíamos. Hoje perdemos esta capacidade. Mas para suprir nossa insuficiência, está ai a ciência. Ela pode descodificar as informações que previamente a Terra nos passa e nos sugerir estratégias de autodefesa e salvamento.



Como somos a própria Terra que tem consciência e inteligência, estamos ainda na fase juvenil, com pouco aprendizado. Estamos ingressando na fase adulta, aprendendo melhor como manejar as energias da Terra e do cosmos. Então a Terra, através de nosso saber, deixará que seus mecanismos sejam destrutivos. Todos vamos ainda crescer, aprender e amadurecer.



A Terra pende da cruz. Temos que tirá-la de lá e ressuscitá-la. Então celebraremos uma páscoa verdadeira, e nos será permitido desejar: feliz Páscoa.

Adital
Leonardo Boff

terça-feira, março 30

Educar com os olhos

O pensamento do educador e escritor Rubem Alves é de quem de fato educa com os olhos, de quem tem uma acurada percepção de seu entorno. Educar o olhar dos alunos é um dos maiores desafios de qualquer educador... Fazê-los ver além dos números e letras a verdadeira "gramática" do números e a "matemática" das palavras, que existe no mundo. Afinal, como diz o próprio Rubem Alves: "As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos".
Fonte:Postado por José Antonio Klaes Roig no Educa Tube

Lindo e reflexivo...
Um ótimo dia!
Com carinho, Val
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segunda-feira, março 29

Quatro ponto cinco e felizzzzzzz



E cá estou eu com meus 45 anos, ainda engatinhando em muitos aspectos da vida, mas sempre em busca de ser a cada dia que passa uma pessoa melhor!!
Entre erros e acertos continuo minha caminhada nesta dimensão...
Amo a vida, minha filha, meu marido e todo esse imenso universo que sempre conspira em meu favor!!!
Bençãos em nossos caminhos e bjs no coração!
Com carinho, Val

sábado, março 27

A lei de Gaia: os grandes predadores da Mãe Terra




Um bom artigo para lermos e entendermos a necessidade de mundança de paradigma: do mecanicista que priveligia a dicotommia entre ser humano e natureza para o paradigma sistêmico que propôe uma integração entre eles.


A relação dos humanos com o meio ambiente sempre foi marcada por uma concepção mecanicista da vida e pela apropriação dos recursos naturais, ignorando a necessidade de garantir a sua reprodução. E o direito sempre legitimou essas ações predatórias por meio do instituto da propriedade privada.

A análise é de Ugo Mattei, cátedra Alfred e Hanna Fromm de Direito Internacional e Comparativo da Universidade da Califórnia e professor de Direito do Hastings College of the Law, também na Califórnia, e da Universidade de Turim, na Itália. O artigo foi publicado no jornal Il Manifesto, 13-03-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O protagonista masculino dessa história é Gaio, misterioso autor jurídico romano, que viveu há mais de 2.000 anos e é autor de um livrinho de "Instituições", talvez um Bignami para aspirantes advogados, cuja estrutura fundamental constitui a ossatura da concepção ocidental do direito privado. Um legado da antiguidade romana que ainda hoje fundamenta, em nível global, a concepção dominante da própria "juricidade". Gaio representa em toda a sua grandeza a concepção romana do "domínio" como espaço de poder individual formalizado e ilimitado sobre as coisas.

O domínio romano não é aberto a todos. É limitado ao "pater familias". O pai-patrão tem domínio absoluto sobre os seus bens, sejam eles animados ou inanimados. Como o proprietário hoje pode livremente destruir um bem próprio (ou matar um coelho próprio), assim o "dominus" tinha poderes ilimitados sobre os seus bens, incluindo a propriedade fundiária, e direito de vida e de morte sobre escravos, filhos e mulher. A meu ver, Gaio não é visto como um personagem histórico. É, ao invés, o modelo antropológico pressuposto pela ordem jurídica individualista ocidental, assim como ele chegou, por meio de uma longa e aventurosa história, até a nossa modernidade. Gaio é aqui o indivíduo ocidental dotado de direitos de propriedade privada, êxito hodierno do processo transformativo que chamamos de progresso.

Um mito milenar

Hoje, Gaio dirige um automóvel, tem uma casa própria, mora na cidade, vive sozinho ou em uma família nuclear, se comunica com o celular, vê TV, tem direito de voto e pode comprar bens de consumo para satisfazer cada um dos seus desejos. Gaio é dotado de direitos que formalizam o seu poder de ter. Hoje, a propriedade privada de Gaio não se estende aos escravos, e a sua é formalmente igual a ele.

A protagonista feminina é Gaia, a terra viva, um lugar que, há alguns milhões de anos, hospeda o humano. Gaia, há muito mais tempo, é lugar da vida, um agregado complexo de ecossistemas, de nexos, de comunidades, de redes, de relações, de cooperação e de conflito, de hierarquia, de transformações lentas e de revoluções imprevistas. Os mitos sobre Gaia são complexos e fascinantes e variam através das culturas.

Complexa e fascinante é também a história da relação de Gaio com Gaia. Hoje, o jovem Gaio estuda, a partir da escola primária, a evolução da vida sobre a terra. Darwin domina (por enquanto) a sua percepção, e dali ele retira o sentido do progresso e do crescimento. Os antepassados de Gaio nasceram na África. Gaia lhes ofereceu alimento sob forma de frutos e de caças. Depois, Gaio aprendeu a domesticar os animais, para tirar deles alimento e vestuário. Sucessivamente, cerca de 2.000 anos atrás, Gaio compreendeu que Gaia podia ser induzida a produzir mais alimento do que espontaneamente ofereceria. Intuído o nexo causal entre semeadura e colheita, Gaio se tornou sedentário. Os antepassados de Gaio logo inventaram um direito à posse exclusiva, conhecido como propriedade.

A propriedade servia para remunerar os esforços na caça, na criação e na semeadura. Era preciso definir, por isso, quem estava dentro e quem estava fora. Era preciso evitar que a colheita fosse roubada por quem não tinha se esforçado para arar o campo. Uma ampla literatura apologética da propriedade privada se baseia ainda hoje sobre esse seu nexo moral com o trabalho agrícola.

Depois, menos de 300 anos atrás, Gaio inventou as máquinas e fez a revolução industrial: podia até produzir bens de massa extraindo a energia para fazer isso das vísceras de Gaia. Havia passado cerca de 10.000 anos desde a revolução agrícola. Quando a revolução industrial ocorreu, os escritos do Gaio histórico haviam sido redescobertos há cerca de 700 anos (depois de terem se perdido nos séculos escuros) em uma biblioteca perto de Pisa, e a propriedade privada estava plenamente formalizada, e foi a ordem institucional que a tornou possível. Gaio se tornou patrão das minas, foi industriário e capitalista. Hoje, Gaio fez uma outra revolução: usa o computador, e a sua maior riqueza prescinde de todo contato com um bem material. O mais rico e admirado é o financista, não mais o industriário taylorista.

Entre o aparecimento do homem sobre Gaia e a revolução agrícola, a distância é de milhões de anos. Entre a revolução agrária e a industrial, são milhares. Entre a revolução industrial e a informática de hoje, são poucas centenas de anos. Essa impressionante aceleração histórica exalta Gaio e lhe fez viver um senso de onipotência. Enquanto dirige a sua pick-up supertecnológica (e talvez promovida como ecológica), ele se compraz que os seus filhos de cinco anos sabem se adaptar melhor do que os de 14 à progressão geométrica da tecnologia.

Mas qual relação liga Gaio a Gaia? Em muitas culturas, Gaia é vista como mãe. "Pacha mama", a mãe terra. Mas Gaio não reconhece essa relação. Para ele, Gaia é um objeto, ou melhor, o objeto por antonomásia do seu "dominium". Antes da estruturação jurídica da relação de domínio (o chamado domínio quiritário) ocorrida na última parte do primeiro milênio antes de Cristo, Gaia já é uma "condenação" para Gaio. A Bíblia conta que ele foi expulso por causa do pecado da sua mulher. Um Deus masculino expulsa Gaio do Éden e o joga entre os braços de uma nova fêmea, Gaia justamente, com a qual ele será condenado a conviver. Gaia se torna mulher de Gaio? Como se desenvolveu o casamento? Por muito tempo, as coisas funcionaram bem.

A obsessão da posse

Gaio observa Gaia, a corteja, procura compreendê-la, talvez se apaixona por ela. Sabe que é intimamente ligado a ela, sabe que a sua própria vida depende da boa relação que consegue ter com a sua esposa. Adapta a ela os seus comportamentos, a acaricia e extrai prazer dela. Busca respeitar suas amizades, os espaços vitais dos quais Gaia tem necessidade. Gaia é comunitária por natureza, é feita de nexos e é na comunidade ecológica que ela se alegra e prospera, belíssima. Gaia, durante muito tempo, compartilha seus gostos. Ama a comunidade. O seu horizonte é constituído pelo grupo, pela relação, pela cooperação indispensável para conviver junto com Gaia. Mas Gaio desenvolve logo a obsessão pela parte de dentro e pela parte de fora. Inventa as fronteiras. Inventa a guerra. Frequentemente, ignora Gaia para se engajar em novos conflitos, distante do seu vilarejo onde abandona as suas mulheres dedicadas ao cuidado do grupo, à busca de água e ao cultivo de Gaia.

Em bem pouco tempo, Gaio começa a enjoar do fato de estar junto com Gaia. Quer possuir suas riquezas, quer ter. Gaio descobre que, para ter, é preciso excluir. Exclui as mulheres, semelhantes a Gaia na índole, as reduz a objeto e reivindica sua propriedade. Exclui os diferentes, os escravos, os desviantes. Também sobre eles exerce o domínio. Gaio organiza o trabalho dos seus submetidos, e com esse trabalho transforma Gaia. Quantifica-a e deseja sempre mais dela, lançando-se à conquista guerreira de novos espaços e colônias.

O seu compromisso se expande e, com isso, as suas riquezas e o seu delírio de onipotência. Nos novos lugares, encontra novas comunidades. Comunidades que respeitam Gaia como uma mãe, como uma amiga ou como uma esposa que vivem com ela em equilíbrio harmonioso; que respeitam e admiram suas qualidades. Gaio não suporta essas amizades de Gaia e as destrói, saqueando suas riquezas. As qualidades não se medem, e o que mais interessa a Gaio é medir, quantificar o valor das suas riquezas para criar organizações sempre mais ricas e poderosas, capazes de um domínio absoluto que agora ele chama de "soberania" e que ele modela sobre a propriedade absoluta e individual de um território.

A ciência da qualidade

Gaio ama o prazer, mas o considera um luxo, um lugar da estética. O prazer gerado pela qualidade, um estado do ser, não o ajuda a acumular e a ter sempre e ainda mais. Por isso, Gaio diferencia entre arte e ciência. A primeira se fundamenta na qualidade, na relação e na comunidade espiritual entre artista, obra e fruidor. A segunda, apenas na quantidade. A ciência de Leonardo, uma ciência da qualidade, é assim esquecida: o protocientista será Galileu, aquele que exclui a qualidade e o "não mensurável" (estética, odores, sabores, harmonias) do mundo da relevância científica.

Gaio inventa a manufatura e a produção em série. Inventa máquinas prodigiosas fundadas em leis absolutas e imutáveis que aprende a descobrir e medir com precisão. Gaia lhe oferece a energia para fazer isso, das suas vísceras sai antes o carvão e depois o petróleo. Gaio se torna sempre mais rico e cobre de honras quem lhe permitiu tornar-se rico. Newton, na Londres do seu tempo, tinha status de superstar. Gaia ama a beleza e a harmonia. A sua essência está no ecossistema, um conjunto de relações mutualistas em que o todo não é uma simples soma das partes. Gaio coloca a si mesmo no centro. Promove a sua visão egocêntrica. Inventa o humanismo. Descobre que Gaia não é mais o centro do universo. Reage a isso colocando a si mesmo ali.

Com Descartes, o eu pensante, Gaio se emancipa da matéria, da qual recusa, ao mesmo tempo, a essência animada. Gaio se emancipa até do seu corpo, do seu ser pessoa. Agora, conta apenas por aquilo que tem. É sujeito abstrato, "dominus borghese", dotado de poderes ilimitados sobre Gaia, da qual rejeita a identidade viva, reduzindo-a a uma máquina. Para ele, Gaia é governada por leis mecânicas, semelhantes àquelas sob tutela da sua propriedade privada, da qual a força da soberania exige o respeito sob pena de suplícios e galeras.

Gaia deve se revelar inteiramente aos seus olhos, deve lhe confessar todos os segredos de si mesma, justamente aqueles que podem torná-lo ainda mais rico e poderoso. Gaia é agora prisioneira e, como os prisioneiros, deve ser torturada para lhe extrair a verdade: como e onde posso encontrar novas riquezas, novas consciências, novo poder?

Gaio assume as vestes de Francis Bacon, onipotente e cruel Chanceler de sua majestade, que foi há muito tempo um grande jurista e grande cientista. É Bacon que teoriza sobre a inquisição na Inglaterra da Magna Charta. É Bacon que ensina o método científico para interrogar Gaia impiedosamente com o fim último de transformá-la e desenvolvê-la. Gaio, ao mesmo tempo, estende a sua imagem às suas mulheres: se são capazes de ter, terão direito à paridade formal.

Mas Gaia é esposa explorada, dominada e violentada com o direito e com a ciência. Permanecerá inerte? Alguém se levantará em sua defesa?

A Guerra das Rosas

Para ver uma reflexão sobre como o direito codificou as relações com a natureza pode-se ler as teses de Fritjof Capra contidas em: "O ponto de mutação" (Ed. Cultrix) e "La scienza della vita" (Ed. Rizzoli). Sobre as relações entre ciência e direito: "Legal Alchemy. The Uses and Misuses of Science in the Law", de D. Faigman.

A história da relação entre Gaio e Gaia é uma verdadeira Guerra das Rosas. Vejam-se a respeito: "A ciência de Leonardo da Vinci" (Ed. Cultrix), de Fritjof Capra; "Dopo il Leviatano. Individuo e e comunità", de Giacomo Marramao (Ed. Bollati Boringhieri); "Law and the Rise of Capitalism" (Ed. Monthly Review Press), de Michael E. Tigar.

Enfim, deve ser assinalada a publicação do panfleto do jornalista francês Hervé Kempf, "Per salvare il pianeta dobbiamo farla finita con il capitalismo" (Ed. Garzanti).




Fonte: Instituto Humanitas Unisinos

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sexta-feira, março 26

Hora do planeta- 2010





26 de março de 2010 ---Diário Catarinense

HORA DO PLANETA
No escuro por uma boa causa
Amanhã, das 20h30min às 21h30min, todo o mundo é convidado a apagar as luzes“O mundo inteiro vai apagar as luzes por uma hora. Junte-se a este movimento.” O slogan da Hora do Planeta é simples e convidativo. Então, vai participar? Tem que ficar no escuro entre 20h30min e 21h30min de amanhã, dia 27, e fazer parte de uma corrente que dá o seguinte recado: líderes mundiais, estamos preocupados com o aquecimento global.

A expectativa da WWF, organização não-governamental (ONG), idealizadora da Hora do Planeta, é superar em 2010 a marca de um bilhão de pessoas com as luzes apagadas durante 60 minutos.

Pelo mundo, grandes cidades vão deixar no escuro seus cartões-postais, como o Empire State Building, em Nova York e a Torre Eiffel, em Paris. Em Santa Catarina, 87 empresas e 21 ONGs já confirmaram a participação, conforme o site da WWF. Entre as prefeituras, só Tijucas havia confirmado até ontem, mas Florianópolis e Joinville também vão participar.

A Hora do Planeta começou em 2007, apenas em Sidney, na Austrália, e envolveu 2 milhões de pessoas. Em 2009, 4 mil cidades em 88 países somaram a marca de 1 bilhão de participantes. Este ano, com a confirmação de que a Torre de Tóquio, no Japão, e o Portão de Brandenburgo, na Alemanha, terão suas luzes desligadas, todos os países do G-20 – grupo das maiores economias do mundo – passam a fazer parte do evento.

Tão importante quanto desligar as luzes no horário combinado é fundamental entrar no site e cadastrar a prefeitura, a empresa, a ONG ou você mesmo. Só assim a WWF poderá fazer a contagem do número de participantes. O desligar das luzes acontece de acordo com o fuso horário de cada país.



O que é a Hora do Planeta
- A “Hora do Planeta” é uma iniciativa mundial da WWF, uma das principais ONGs ambientais do mundo, para economizar energia durante uma hora. O apagar da luzes acontecerá entre as 20h30min e 21h30min, de acordo com o fuso horário de cada país.
- De norte a sul do Brasil, governos, empresas, organizações e pessoas físicas vão se unir para demonstrar a preocupação com o aquecimento global e a conservação de ecossistemas terrestres e aquáticos.
- O Brasil é, atualmente, o quarto maior emissor de carbono do mundo. Deste total, cerca de 75% são causados pelo desmatamento, principalmente na Amazônia e Cerrado.
COMO PARTICIPAR
- Entre no site www.horadoplaneta.org.br e cadastre-se
- Entre nas comunidades do Orkut e do Facebook
- Divulgue a ação pelo Twitter com a tag horadoplaneta
Participe você também!!!
Bj, Val
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segunda-feira, março 15




Dislexia... Buscarei artigos confiáveis para postar!!
Uma ótima segunda-feira
Bençãos no caminho e beijos no coração

Com carinho, Val

domingo, março 14

Uma semana regada de coisas boas da Vida!


Rita Lee- Coisas da vida

Com carinho, Val

A volta...


O motivo pelo qual não passei mais por aqui foi muito justo...senha incorreta!! Agora com ela em meu poder novamente, pretendo continuar postando assuntos que eu goste e também socializar com amigos com ideias afins.

Aproveitando para desejar feliz ano novo astrológico que inicia no dia 20 de março, às 14h20min, com a entrada do Sol no primeiro signo do zodíaco!

Sim!! Ano novo!!!

Segundo minha amiga, terapeuta, grande estudiosa e conhecedora do assunto Carla Lampert: "Astrologicamente a vibração de ano novo não inicia no dia 1°de Janeiro, mas sim, quando o Sol ingressa no signo de Áries, dia em que começa o outono no Hemisfério Sul – Equinócio do Outono. Ou seja, quando a sabedoria popular diz que o ano “só começa depois do carnaval”, está intuitivamente certa!"

Ainda que: 2010 será regido por Vênus, a deusa do amor e das artes.
Bem então vamos lá...vamos nos conectar a essa energia maravilhosa para que o amor seja a tônica em todas as nossas ações.


" A Divindade que há em mim saúda a Divindade que há em ti"

Com carinho, Val