"Tenta te orientar pelo calendário das flores, esquece por um momento os números, a semana, o dia do teu nascimento. Se conseguires ser leve, aproveite, enche tuas malas de sonho e toma carona no vento."

Fernando Campanella

terça-feira, abril 3

"Um passarinho chamado Mario"


FALANDO EM CENTENÁRIO, LEMBREI-ME DE MARIO QUINTANA, NOSSO ETERNO POETA... QUE COM SUA POÉTICA NOS FAZ TER UM PENSAR REFLEXIVO, IMERSO NUMA INDAGAÇÃO SOBRE O TEMPO, AMORES PERDIDOS OU ASPIRADOS, OS SÁBIOS VELHOS E SUAS MEMÓRIAS E A INOCÊNCIA DAS CRIANÇAS!!!

BREVE BIOGRAFIA
Mario de Miranda Quintana, nasceu em Alegrete RS, no dia 30 de julho de 1906 - Porto Alegre RS, 5 de maio de 1994). Estudou em colégio militar, em Porto Alegre, de 1919 a 1924. Em 1919, foi colaborador na revista Hyloea, dos alunos do colégio. Em 1926 ganhou prêmio em concurso de contos do Jornal Diário de Notícias. No mesmo ano, trabalhou na Livraria do Globo. Alistou-se como voluntário do Sétimo Batalhão de Caçadores de Porto Alegre, em 1930, colaborando na tomada de governo de Getúlio Vargas. Entre 1929 e 1921, foi redator do jornal O Estado do Rio Grande. Na época, publicou poemas na Revista do Globo e no jornal Correio do Povo. Nos anos seguintes, trabalhou como tradutor e colaborador em periódicos. Seu primeiro livro de poesia, A Rua dos Cataventos, foi publicado em 1940. Seguiram-se Canções (1946), Sapato Florido (1948). Em 1966 recebeu o Prêmio Fernando Chinaglia de melhor livro do ano por Antologia Poética. Destacam-se em sua obra poética os livros Pé de Pilão (1968), Apontamentos de História Sobrenatural (1976), Quintanares (1976), Baú de Espantos (1986), Preparativos de Viagem (1987), Velório sem Defunto (1990). Em 1981, recebeu o Prêmio Machado de Assis e, em 1981, o Prêmio Jabuti de Personalidade Literária do Ano. Pertencente à segunda geração do Modernismo, Mário Quintana incorporou em sua poesia o bom-humor, o coloquialismo e a brevidade característicos das vanguardas modernas.
Foi em meados dos anos 60 que poeta Quintana começou a ser grandemente valorizado, primeiro no estado natal e depois no Brasil inteiro. Suas rebeldias ao verso bem-feitinho, seu humor, por vezes prazenteiro, a melancolia um tanto voltada para o cotidiano de todo mundo, tudo isso foi fazendo um Quintana mais acessível, sobretudo às crianças para as quais havia anteriormente publicado um livro (O Batalhão das Letras, 1948) , a partir daí editando vários volumes para elas: Pé de Pilão (1975), Lili inventa o mundo (1983), Sapo Amarelo (1984), Nariz de Vidro (1984) e Sapato Furado (1994), este último póstumo.
AQUI VAI UMA DICA PARA A GAROTADA CONFERIR!!!
"UM PASSARINHO CHAMADO MARIO"
AUTORA: LÉIA CASSOL- EDITORA CASSOL
VALE A PENA!! BOA LEITURA!!

Centenário Montessori



"Em 2007 uma série de eventos irá comemorar o centenário Montessori. Dentre eles, o de maior importância aconteceu em janeiro de 2007. A "Montessori Conferência Centenária" - 100 anos da Primeira "Casa dei Bambini" em San Lorenzo, Roma - terá como temas principais "A mente da criança" e "Educação e paz".
OMB-ORGANIZAÇÃO MONTESSORI NO BRASIL




Biografia
Maria Montessori (1870-1952) nasceu em Chiaravalle, no norte da Itália, filha única de um casal de classe média. Desde pequena se interessou pelas ciências e decidiu enfrentar a resistência do pai e de todos à sua volta para estudar Medicina na Universidade de Roma. Direcionou a carreira para a Psiquiatria e logo se interessou por crianças com retardo mental, o que mudaria sua vida e a história da educação. Ela percebeu que aqueles meninos e meninas proscritos da sociedade por serem considerados ineducáveis respondiam com rapidez e entusiasmo aos estímulos para realizar trabalhos domésticos, exercitando as habilidades motoras e experimentando autonomia. Em pouco tempo, a atividade combinada de observação prática e pesquisa acadêmica levou a médica a experiências com as crianças ditas normais. Montessori graduou-se em Pedagogia, Antropologia e Psicologia e pôs suas idéias em prática na primeira Casa dei Bambini, aberta numa região pobre no centro de Roma. A esta se seguiram outras em diversos lugares da Itália. O sucesso das "casas" tornou Montessori uma celebridade nacional. Em 1922 o governo a nomeou inspetora-geral das escolas da Itália. Com a ascensão do regime fascista, porém, ela decidiu deixar o país em 1934. Continuou trabalhando na Espanha, no Ceilão (hoje Sri Lanka), na Índia e na Holanda, onde morreu aos 81 anos.

Descobrir o mundo. Pelo toque
Nas escolas montessorianas, o espaço interno era (e é) cuidadosamente preparado para permitir aos alunos movimentos livres, facilitando o desenvolvimento da independência e da iniciativa pessoal. Assim como o ambiente, a atividade sensorial e motora desempenha função essencial. Ou seja, dar vazão à tendência natural que a garotada tem de tocar e manipular tudo o que está ao seu alcance.
Maria Montessori defendia que o caminho do intelecto passa pelas mãos, porque é por meio do movimento e do toque que os pequenos exploram e decodificam o mundo ao seu redor. "A criança ama tocar os objetos para depois poder reconhecê-los", disse certa vez. Muitos dos exercícios desenvolvidos pela educadora — hoje utilizados largamente na Educação Infantil — objetivam chamar a atenção dos alunos para as propriedades dos objetos (tamanho, forma, cor, textura, peso, cheiro, barulho).
O método Montessori parte do concreto rumo ao abstrato. Baseia-se na observação de que meninos e meninas aprendem melhor pela experiência direta de procura e descoberta. Para tornar esse processo o mais rico possível, a educadora italiana desenvolveu os materiais didáticos que constituem um dos aspectos mais conhecidos de seu trabalho. São objetos simples, mas muito atraentes, e projetados para provocar o raciocínio. Há materiais pensados para auxiliar todo tipo de aprendizado, do sistema decimal à estrutura da linguagem.
"A tarefa do professor é preparar motivações para atividades culturais, num ambiente previamente organizado, e depois se abster de interferir"

Revista Nova escola.