Mario de Miranda Quintana, nasceu em Alegrete RS, no dia 30 de julho de 1906 - Porto Alegre RS, 5 de maio de 1994). Estudou em colégio militar, em Porto Alegre, de 1919 a 1924. Em 1919, foi colaborador na revista Hyloea, dos alunos do colégio. Em 1926 ganhou prêmio em concurso de contos do Jornal Diário de Notícias. No mesmo ano, trabalhou na Livraria do Globo. Alistou-se como voluntário do Sétimo Batalhão de Caçadores de Porto Alegre, em 1930, colaborando na tomada de governo de Getúlio Vargas. Entre 1929 e 1921, foi redator do jornal O Estado do Rio Grande. Na época, publicou poemas na Revista do Globo e no jornal Correio do Povo. Nos anos seguintes, trabalhou como tradutor e colaborador em periódicos. Seu primeiro livro de poesia, A Rua dos Cataventos, foi publicado em 1940. Seguiram-se Canções (1946), Sapato Florido (1948). Em 1966 recebeu o Prêmio Fernando Chinaglia de melhor livro do ano por Antologia Poética. Destacam-se em sua obra poética os livros Pé de Pilão (1968), Apontamentos de História Sobrenatural (1976), Quintanares (1976), Baú de Espantos (1986), Preparativos de Viagem (1987), Velório sem Defunto (1990). Em 1981, recebeu o Prêmio Machado de Assis e, em 1981, o Prêmio Jabuti de Personalidade Literária do Ano. Pertencente à segunda geração do Modernismo, Mário Quintana incorporou em sua poesia o bom-humor, o coloquialismo e a brevidade característicos das vanguardas modernas.
Foi em meados dos anos 60 que poeta Quintana começou a ser grandemente valorizado, primeiro no estado natal e depois no Brasil inteiro. Suas rebeldias ao verso bem-feitinho, seu humor, por vezes prazenteiro, a melancolia um tanto voltada para o cotidiano de todo mundo, tudo isso foi fazendo um Quintana mais acessível, sobretudo às crianças para as quais havia anteriormente publicado um livro (O Batalhão das Letras, 1948) , a partir daí editando vários volumes para elas: Pé de Pilão (1975), Lili inventa o mundo (1983), Sapo Amarelo (1984), Nariz de Vidro (1984) e Sapato Furado (1994), este último póstumo.