"Tenta te orientar pelo calendário das flores, esquece por um momento os números, a semana, o dia do teu nascimento. Se conseguires ser leve, aproveite, enche tuas malas de sonho e toma carona no vento."

Fernando Campanella

terça-feira, fevereiro 22

Ainda em férias... Muitos metas a serem conquistadas! Uma delas é a minha volta  para o Yôga, estou a decidir ainda, pois gosto muito do Tai Chi tb!!!
Aproveitando o tempo livre... buscando artigos interessantes na net ...encontrei um sobre prática corporal do yôga que é o surya namaskar.
Surya - Sol




O Sol é a fonte de luz, de calor e da vida em nosso planeta, sem o sol a vida não seria possível , mas o sentido mais exato desta saudação é a invocação da luz como fonte de conhecimento. O sol nos possibilita a capacidade de visão e o conhecimento rápido e direto de toda a manifestação, por essa razão, na tradição Indiana a luz, o fogo e o sol são símbolos de sabedoria e do conhecimento de nossa essência.



Namaskar - Saudação



Prestar reverência ao Sol, representa sintonizar-se com o ciclo da vida e morte, sintonizar-se com o poder maior e Divino que reside no centro do Céu e no centro de nosso Ser, aquele que tudo ilumina e não é iluminado por nada, aquele que não tem início e nem fim, o Deus em cada um. Assim sendo, reverencio a luz que representa o conhecimento, única forma de revelar aquilo que sempre fui mas que na minha ignorância sou incapaz de ver.



Assim antes de iniciar cantamos:



Om Suryam Sundara Lokanatha mamrtam Vedantasaram Sivam.

Jnanam Brahmamayam suresamamalam lokai Kacitta Svayam.

Indradityamaradhipan suragurum trailokya cudamanim

Brahma Vishnu Siva svarupahrdayam Vande sadã bhãskaram



Eu saúdo sempre o Sol, o belo e eterno Senhor da terra, que é a essência de Vedanta, o conhecimento.

Brahma, o Senhor dos Deuses, livre de impurezas, Ele mesmo é aquele único que é prezado por todos.

Rei dos Sóis, Rei dos Deuses, Mestre Sol, Jóia central dos três mundos.



Outras orações mais simples:



Om Jyortir Namah

Assim evocamos a luz do nosso sol interior,a fim de que ilumine nossas mentes e que nossas ações sejam corretas e de acordo com a lei do Dharma.



Om Suryaya Namah

Eu saúdo o Sol, fonte de luz e conhecimento.



Obs.: Não tente cantar o mantra sozinho, todo mantra tem uma entonação certa e uma melodia que produz o resultado desejado. Aprenda diretamente de um professor. Você pode fazer a oração em português até que aprenda o mantra em sânscrito que tem mais poder.



O Surya Namaskar é uma seqüência dinâmica de 12 asanas que representam as 12 posições do zodíaco (doze posições do relógio). A respiração é sincronizada com os movimentos. Cada posição tem um significado que deve ser compreendido e acrescido à prática. Durante a execução, em cada asana um mantra é recitado. Dependendo do que se pretende desenvolver, pode-se executar com maior ou menor rapidez e o mantra pode ser apenas o Bija Mantra acrescentando o mantra até o mantra completo. O Surya Namaskar energiza todos os chakras, mas especialmente o Manipura Chakra.

Pode ser praticado a qualquer hora do dia, mas especialmente ao nascer do Sol.

A trindade hindu Brahma, Vishnu e Shiva simbolizam três aspectos da vida: criação, manutenção e destruição e estão diretamente relacionados com o movimento diário do Sol. Brahma, o criador, é simbolizado pela madrugada e ao momento em que o sol nasce e começa o ciclo diurno. Vishnu, o mantenedor é simbolizado pela luz do dia e especialmente a luz do meio dia. Shiva, o destruidor, é simbolizado pelo pôr-do-sol. Ainda que o sol se esconda para nós, isso é uma ilusão, pois o sol continua brilhando, ele é sempre brilhante assim como nosso Ser, que é consciência que é sempre existente.



Vejamos a seqüência:



Pranamasana - postura da prece

Hasta Utthanasana - postura dos braços elevados

Padahastasana - postura de flexão para frente

Ashwa Sanchalanasana - posição eqüestre

Parvatasana - postura da montanha

Ashtanga namaskara - saudação (prostração) de oito pontos

Bhujangasana - postura da serpente

Parvatasana - postura da montanha *

Ashwa Sanchalanasana - Postura eqüestre *

Padahastasana - postura de flexão para frente *

Hasta Uttanasana - postura dos braços elevados *

Pranamasana - postura da prece *


* Posturas repetidas, agora na seqüência de retorno a posição nº 1.


Simbolismo segundo o Swami Satyananda Saraswati:



Ao nascer e ao pôr-do-sol as forças de escuridão e luz acalmam e harmonizam-se, Ida e pingala emergem e produzem a força do susumna nadi. Surya namaskar aumenta o fluxo da energia sutil no corpo e desimpede as nadis.



Pranamasana - Sintonia com o Sol, prece, invocação. Chakra Anahata (altura do coração).



Hasta Uttanasana - Trazer para dentro de si a energia do sol que acabou de nascer, pela respiração e por todos os poros da pele. Chakra Vishudda (altura da garganta e nuca).



Padahastasana - Introspecção necessária para levar adiante os deveres diários. Essa introspecção se contrapõe a extroversão excessiva que é característica da nossa vida diária. Aquí olhamos para dentro buscando inspiração e respostas para os problemas diários. Chakra Svadhisthana (altura do coccix).



Ashwa Sanchalanasana - Aquí focamos o Ajna Chakra e buscamos poder e coragem para encararmos de frente os problemas da vida diária. A auto confiança aparece quando olhamos para dentro e fazemos contato com o nosso guia interno, Ajna Chakra, que nos dá a inspiração e intuição. Chakra Ajna (ponto entre os olhos).



Parvatasana - Introspecção e o ceder de si mesmo para o mundo. Chakra Vishudda (garganta e nuca).



Astanga Namaskara - Representa a energia no seu limite mais baixo. O sol está na sua extremidade (meio dia ou meia noite) e o homem está no seu período mais vulnerável pois é o período de inércia, ou tamas, quando a maior parte das pessoas sentem a necessidade de descanso ou sono. Aquí é a entrega completa do homem ante o poder do sol do meio-dia ou da meia-noite. Chakra Manipura (altura do umbigo).



Bhujangasana - Representa o acordar do homem do seu sono, o nascer do conhecimento, o acordar da energia vital rajásica de dentro da inércia de tamas. Quando a serpente, representando a sabedoria, se eleva, o homem inicia a subida para o estado espiritual e sattivico equilibrado. Chakra Svadhisthana (altura do coccix).



Parvatasana - Introspecção e o ceder de si para o mundo. Chakra Vishuddi (altura da garganta e nuca).



Ashwa Sanchalanasana - Desenvolvimento do poder, coragem e auto-confiança que aparece quando olhamos para dentro e fazemos o contato com o nosso guia interno no Ajna Chakra (ponto entre as sobrancelhas).



Padahastasana - Instrospecção e olhar para dentro buscando inspiração e respostas para os problemas da vida diária. Chakra Svadhisthana (coccix).



Hasta Utthanasana - Inspirar o poder e a energia do sol. Chakra Vishudda (garganta e nuca).



Pranamasana - Sentir o sol dentro de si, sentir-se iluminado, conhecedor de si como não diferenciado do criador, e integrado a tudo e a todos. Chakra Anahata (altura do coração).

Yôga uma boa filosofia de vida...independente de qualquer credo!!!
Com carinho, Val


quarta-feira, fevereiro 16

OS TRÊS PRINCIPAIS TIPOS DE INTELIGÊNCIA

OS TRÊS PRINCIPAIS TIPOS DE INTELIGÊNCIA

Autor: Leonardo Boff

Uma frente avançada das ciências, hoje, é constituída pelo estudo do cérebro e de suas múltiplas inteligências. Alcançaram-se resultados relevantes, também para a religião e a espiritualidade.
Enfatizam-se três tipos de inteligência:





A primeira é a inteligência intelectual, o famoso QI (Quociente de Inteligência), ao qual se deu tanta importância em todo o século 20. É a inteligência analítica pela qual elaboramos conceitos e fazemos ciência. Com ela organizamos o mundo e solucionamos problemas objetivos.

 
 
 
 
 
A segunda é a inteligência emocional, popularizada especialmente pelo psicólogo e neurocientista de Harvard David Goleman, com seu conhecido livro "A Inteligência emocional" (QE = Quociente Emocional). Empiricamente mostrou o que era convicção de toda uma tradição de pensadores, desde Platão, passando por Santo Agostinho e culminando em Freud: a estrutura de base do ser humano não é razão (logos) mas é emoção (pathos). Somos, primariamente, seres de paixão, empatia e compaixão, e só em seguida, de razão. Quando combinamos QI com QE conseguimos nos mobilizar a nós e a outros.
 

A terceira é a inteligência espiritual. A prova empírica de sua existência deriva de pesquisas muito recentes, dos últimos 10 anos, feitas por neurólogos, neuropsicólogos, neurolinguistas e técnicos em magnetoencefalografia (que estudam os campos magnéticos e elétricos do cérebro).



Segundo esses cientistas, existe em nós, cientificamente verificável, um outro tipo de inteligência, pela qual não só captamos fatos, idéias e emoções, mas percebemos os contextos maiores de nossa vida, totalidades significativas, e nos faz sentir inseridos no Todo. Ela nos torna sensíveis a valores, a questões ligadas a Deus e à transcendência. É chamada de inteligência espiritual (QEs = Quociente espiritual), porque é próprio da espiritualidade captar totalidades e se orientar por visões transcendentais.

Sua base empírica reside na biologia dos neurônios. Verificou-se cientificamente que a experiência unificadora se origina de oscilações neurais a 40 herz, especialmente localizada nos lobos temporais. Desencadeia-se, então, uma experiência de exaltação e de intensa alegria como se estivéssemos diante de uma Presença viva. Ou inversamente, sempre que se abordam temas religiosos, Deus ou valores que concernem o sentido profundo das coisas, não superficialmente mas num envolvimento sincero, produz-se igual excitação de 40 herz.

Por essa razão, neurobiólogos como Persinger, Ramachandran e a física quântica Danah Zohar batizaram essa região dos lobos temporais de o ponto Deus. Se assim é, podemos dizer em termos do processo evolucionário: o universo evoluiu, em bilhões de anos, até produzir no cérebro o instrumento que capacita o ser humano perceber a Presença de Deus, que sempre estava lá embora não percebível conscientemente.


A existência desse ponto Deus representa uma vantagem evolutiva de nossa espécie homo. Ela constitui uma referência de sentido para nossa vida. A espiritualidade pertence ao humano e não é monopólio das religiões. Antes, as religiões são uma das expressões desse ponto Deus.


Artigo publicado no Jornal do Brasil On Line em 05/12/2003

http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/colunas/boff/2003/12/04/jorcolbof20031204001.html

Muito bom esse artigo! Como sempre Leonardo Boff contribuindo para meu aprendizado.
Com carinho, Val

quarta-feira, fevereiro 2

Enfim... Pedagoga!
Essa conquista dedico ao meu marido Rossano e a minha filha Juliana, dos quais ausentei-me nas noites de estudo!
Com carinho, Val