"Tenta te orientar pelo calendário das flores, esquece por um momento os números, a semana, o dia do teu nascimento. Se conseguires ser leve, aproveite, enche tuas malas de sonho e toma carona no vento."

Fernando Campanella

segunda-feira, agosto 31

Montessori



“Evitar conflitos é obra da política, construir a paz é obra da educação”

Maria Montessori


A educadora italiana espalhou suas idéias e seu método pedagógico mundo afora e foi das pessoas que mais lutou pela conscientização internacional dos direitos da criança. Com sensibilidade feminina e equilíbrio, soube reunir em sua personalidade e em suas teorias o espírito científico (era médica por formação) e um profundo sentimento religioso centrado no BEM. Com o dom da observação e da pesquisa partiu para a prática educativa. Debruçando-se sobre a criança, sobre a sua ação espontânea, suas reações e suas aspirações, criou um método adequado ao que viu. Foi a primeira a criar mobiliário adaptado ao tamanho e às necessidades da criança, pensando não só em seu conforto e bem-estar, como na necessidade de ela ter domínio sobre o seu próprio ambiente para bem se desenvolver. Constatou o quanto a criança em nossa civilização é considerada uma intrusa, "atrapalhando" o mundo pronto e ordenado dos adultos. Assim, inventou um método de ensino em que a infância tivesse seu próprio ambiente de expansão e trabalho. Nesse sentido, sua preocupação estética é também notável: ela percebeu o quanto a beleza e a harmonia do ambiente influem sobre o psiquismo infantil, ajudando-lhe no desabrochar da mente e do coração.
Montessori atuou em dois níveis na Educação, ambos indispensáveis para um real progresso pedagógico: diretamente com crianças, oferecendo-lhes uma possibilidade concreta de terem uma escola mais feliz, e com adultos do mundo inteiro, promovendo sua educação para melhor educar.

Texto baseado nas obras de Maria Montessori.

Por Tereza Cristina Penna de Carvalho Resque
Fonte----http://www.peteleco40anos.com.br

sábado, agosto 29

“Aprender a ensinar é essencial.”

Tenho lido bons artigos de Elvira Souza Lima que é pesquisadora em desenvolvimento humano, com formação em neurociências, psicologia, antropologia e música. Trabalha com pesquisa aplicada às áreas de educação, mídia e cultura.
Socializo um deles com vcs.
Boa leitura!!




"O processo de ensinar e aprender é fundamental para o desenvolvimento e perpetuação da espécie humana," afirma Elvira Souza Lima, antropóloga, psicóloga e professora na Hofstra University, em Nova Iorque, EUA, e na Universidade de Salamanca, na Espanha.

Especialista em desenvolvimento humano, autora dos livros "Desenvolvimento e Aprendizagem" e "Conhecendo a Criança Pequena" (Ed. Sobradinho), Elvira Lima acredita que o conhecimento dos processos biológicos, neurológicos e culturais que levam o ser humano a aprender é essencial para o professor desenvolver melhor seu papel.

Segundo ela, "quando o professor se percebe como um indivíduo em contínua aprendizagem, ele muda a relação que tem com o saber. Ele precisa voltar a ser aluno para aprender a ensinar por outra perspectiva." E isso faz com que o educador se sinta um instrumento fundamental no processo antropológico.

Elvira Lima defende que o professor não pode perder a dimensão de que a escola é o lugar da ampliação da experiência humana, onde gente como ele constrói conhecimentos. Para isso, é necessário um currículo bem estruturado que deve fundamentar-se nos cinco pilares que norteiam o processo de formação do ser humano: memória, atenção, percepção, pensamento e imaginação.

Aliás, para a psicóloga, imaginação é fundamental, apesar de ser a menos considerada no processo de aprendizagem. “Ela depende da experiência e, portanto, se desenvolve com a idade”, explica, “sua ‘matéria bruta’ é o acervo de idéias, imagens, experiências, vivências emocionais e práticas culturais ali guardadas”. E, por isso, segundo Elvira, ela tem de ser explorada, cabendo à escola a iniciativa de desenvolvê-la por meio de experiências proporcionadas ao aluno.

Ao tratar dos atuais métodos de ensino vigentes, a educadora aponta que, do ponto de vista neurológico, para aprender é preciso rever o que está na memória. "As duas primeiras semanas de aula deveriam ser dedicadas à revisão, à construção do novo grupo na sala de aula e ao conhecimento da comunidade, da cultura dos alunos e de seus pais. Esse trabalho de aproximação, além de prazeroso, facilita o processo no decorrer do ano letivo".

Fonte: Conexa Eventos